É assim que me sinto todas as vezes que regresso desta terra.
É um lugar de contrastes onde as frescas várzeas dos arrozais se encontram lado a lado com o quente montado, povoado por sobreiros e pinheiros mansos. O horizonte é longínquo, as cores intensas, os cheiros e os sabores fortes e as pessoas espantosas. © mcg (Vale do Sorraia, Coruche (PT), Jul. 2008)Em época estival o tempo corre num ritmo diferente. Os dias são longos: iniciam-se bem cedo e terminam tarde, muito depois do Sol já se ter despedido, cortados por pausas ditadas pelo bafo quente de uma terra que não poupa os mais fracos.
Nunca lá vivi, mas sempre me perguntei como seria. Uma casa caiada de branco, bem “rente” ao chão, com barras coloridas a engalanar portas e janelas. Uma latada, um forno do pão, alegretes de flores e uma pequena calçada junto à porta, prolongamento natural de um interior simples, despojado, quase monástico, onde os jogos de luz nos surpreendem… © mcg (Branca, Coruche (PT), Jul. 2008)
Enfim, um sítio extraordinário, origem de uma parte dos meus genes, ao qual sinto uma ligação umbilical que me faz sentir tão bem como se estivesse em casa.
© mcg (Rio Sorraia, Coruche (PT), Jul. 2008)
© mcg (Coruche (PT), Jul. 2008)