Reconciliação

Estranhamente, nos últimos tempos, eu que adoro ler, tenho retirado pouco prazer das minhas leituras. Mas, porque sou [bastante] teimosa, a muito custo abandono um livro sem o terminar, o que, por vezes, me parece ser uma má opção. É que tenho sempre a esperança que as últimas páginas me surpreendam e me reconciliem com as anteriores. Além disso, eu acho que não há bons e maus livros. Acredito, isso sim, que o segredo está em encontrar o livro certo para o momento certo, o que, convenhamos, muitas vezes só sabemos depois de terminada a leitura. Desta vez parece que acertei e os dois últimos foram lidos num fôlego só.

O regresso

Regressei há já 3 dias. Mas o meu corpo [bem como o pensamento] teima em permanecer num outro fuso. Segunda-feira retomo o ritmo louco e ainda tenho um monte de coisas para preparar. Ai!! Está a custar tanto voltar.

Sobre a terra dos Longhorn

Há muita coisa que podia ser dita.
Mesmo no último momento encontrei uma t'shirt que resume tudo.

Na terra dos Longhorn #4

Segundo os Texanos, por aqui existem 2 estações do ano: Summer e Hot like hell. Com a temperatura a oscilar, por estes dias, entre os 36º e os 41º não é surpresa quando alguém nos dá as boas-vindas dizendo: “Wellcome to hell!”. E se em todos os edifícios há ar condicionado (em alguns casos tão frio que não se pode lá estar sem casaco), nas esplanadas vêem-se grandes ventoinhas e pulverizadores de água a funcionar ininterruptamente.

Fotos (e dedo) do D. Obrigada!

Com a praia a c. 300 Km, a piscina natural de Barton Springs é o destino de muitos Austinites. Ora, como está aberta até às 22,00h, e, diferentemente do que acontece em Portugal, a temperatura é mais elevada entre as 16,00 e as 18,00 h, e quando anoitece (por volta das 20,30h) a única coisa que melhora é o facto de não haver sol, já podem adivinhar onde são passados muitos dos meus fins de tarde.

Na terra dos Longhorn #2

Se há coisa a que nenhum visitante de Austin pode ficar indiferente é à vida nocturna. Embora estejam espalhados um pouco por toda a cidade, é na 6th St. (e suas imediações) que se concentra a maior parte dos bares onde se pode ouvir todo o tipo de música, muita dela ao vivo e de muito boa qualidade, sendo alguns deles dignos de um olhar mais atento.

1 - Elephant Room (Foto do D.)

2, 3 e 4 - Flamingo Cantina

O número de visitantes é tão grande, especialmente ao fim-de-semana, que uma parte da rua é fechada ao trânsito com um forte aparato de segurança: barreiras bem visíveis, polícia a pé, de bicicleta, a cavalo e em carros, ambulâncias, carros de bombeiros, etc. Vêem-se pessoas de todos os géneros, alguns deles bem mais exóticos, e presenciam-se cenas de toda a espécie, incluindo gente a ser empurrada para carrinhas da polícia que mais parecem do canil municipal, o que leva à “especialização” de algumas firmas de advogados.

(Fotos do D.)

Aliás, a música é uma das bandeiras da cidade, que se orgulha de ser considerada a "capital mundial da música ao vivo", realizando-se aqui alguns dos maiores festivais dos EUA, como o South by Southwest, onde têm estado presentes alguns artistas portugueses.

Na terra dos Longhorn #1

Para mim não existe melhor maneira de conhecer uma cidade do que percorrer demoradamente as suas ruas.

Munida de um mapa, que rapidamente abandono quando interiorizo o esquema do traçado rectilíneo de 1st, 2nd, 3th… West/East, passeio-me longas horas pelas ruas da Downtown, primeiro, e depois por outras mais afastadas. E se vista da margem sul do rio Colorado Austin parece dominada pelos arranha-céus com mais de 150 metros de altura, quando "mergulhamos" no seu interior descobrimos a arquitectura de influência vitoriana dos finais do século XIX e as muitas construções da época da fundação da cidade que chegaram aos nossos dias, cujo estilo me faz lembrar os filmes de cowboys.

Antes do Texas

Aeroporto de Lisboa caótico. Voo atrasado. Avião cheio até mais não. Atrás de mim um miúdo que ainda antes de todos os passageiros sentados já gritava que não queria estar ali e mandava pontapés nos bancos da frente. 7h 30m e 5875 km depois, 45 minutos de voo extra sobre Nova Iorque até termos autorização para aterrar (e o puto ainda berra). Uma eternidade para passar a alfândega e das 7h de escala sobram menos 5. Ida relâmpago a Manhattan: Grand Central Terminal, batido num Starbuks com vista para o Edifício Chrysler, passo acelerado pela 42 St. até Bryant Park e o nariz colado à janela do autocarro que me leva de volta ao aeroporto.


Segue-se mais um voo atrasado e a abarrotar de pessoas e malas. [Nunca vi deixarem entrar malas tão grandes na cabine.] Chegada a Austin antes do previsto e novo bónus de ½ hora no ar. Finalmente, após 20 horas de viagem, (re)encontro o sorriso e o abraço que tanto ansiava e que me fazem esquecer o cansaço.

Mudança de fuso

De GMT(0) para GMT-6. Destino: 30°16′2″N 97°45′50″W.
Depois dou notícias.

Serão mesmo férias?

Vamos lá ver...

Novo mandamento

Uma vez que estamos a falar de normas de conduta, proponho que se crie um novo mandamento. [Sinal dos tempos…] Pode ser que assim, perante a perspectiva de arder eternamente no Inferno, quem o comete compreenda a gravidade do acto:

Não plagiarás.

Não plagiarás.

Não plagiarás.

Não plagiarás.

(Imagem daqui)

Counting down

Na próxima 5.ª feira parto para 2 semanas de férias. Até lá vou andar numa roda-viva a tentar terminar várias coisas pendentes. A mala será feita nos intervalos. Comecei hoje por separar algumas das coisas essenciais.

Palavras de outros

Que podiam ser ditas por vários. (aqui)

Coisas que não entendo #2

As pessoas deslocam-se em massa para assistir a um concerto e depois passam o espectáculo de costas para o palco, a falar ao telemóvel ou a conversar com os amigos num tom que concorre com o som de palco. E a cacofonia era potenciada pela música de um outro palco do recinto e anúncios de vários expositores. Será que é por causa da entrada custar € 2,50? Enfim...

A concorrer para uma medalha

Estou de férias desde as 00,00h.
Estou na Escola, a trabalhar, desde as 10,30.

Do meu silêncio

Falta-me habilidade para as palavras. E ainda mais para as emoções. Confundem-me. Ensarilham-se e atrapalho-me. Quero desfazer o emaranhado. Procuro as pontas, mas acabo por apertá-lo um pouco mais. Preciso de tempo para serenar. (re)Encontrar a lucidez. Aliviar a pressão. E prosseguir o enovelar da meada.

Regressei de [mais] uma busca desenfreada de mim própria.
Percorri centenas de km a velocidades proibidas.
Parei algures na esperança de me encontrar na paisagem.
Perguntei se alguém me tinha pressentido.
Lentamente recupero-me. Mas ainda há pedaços errantes.

The nearness of you

Cada cavadela,

cada minhoca. Cada tiro, cada melro.
Realmente, há alturas em que por mais que nos esforcemos não damos uma para a caixa. O melhor é manter a boca fechada! E, já agora, os dedinhos bem longe do teclado...

Foto de Pascal Renoux

Paciência

(...)

Será que é tempo

Que lhe falta pra perceber?

Será que temos esse tempo

Pra perder?

E quem quer saber?

A vida é tão rara

Tão rara...

(...)

Prossigo o caminho

"O verdadeiro caminho passa por uma corda que não está esticada ao alto, mas rente ao chão. Parece antes destinar-se a fazer tropeçar do que a ser percorrida."

KAFKA, Franz - Aforismos. Ed., apres. e trad. de Álvaro Magalhães. p. 27

Tantos perigos, tantas armadilhas nos apresentam os caminhos que percorremos. Uns ocultos. Outros bem à vista. A recordar-nos que nem tudo são facilidades. A convidar-nos a optar por outro trilho...
Quando escolhi este já sabia que a corda lá estava. Perfeitamente visível. E que quando menos contasse se moveria e me faria tropeçar. Hoje foi a primeira vez, mas outras virão. Contudo, não desisto. E se cair, levanto-me e prossigo. E assim será, enquanto achar que este é o meu caminho.

Está decidido

Não vou ficar à espera, nem a olhar para o dia cinzento. Vou atrás do meu sonho e lutar por aquilo que quero e em que acredito.

Obrigada, Rosa!

Hoje o dia combina comigo. Soturno, cinzento e com cara de quem vai chover a qualquer momento.

É claro...

que não vou ficar à espera. Mas, pelo sim, pelo não, mantenho o telemóvel por perto, assegurando-me de que não fica sem bateria.

a 180º do post anterior

Hoje fui a um outro concerto, de um género bem diferente e não apenas no tipo de música.
Envolveu uma orquestra clássica, uma piscina olímpica e muita gente de fato de banho.
Parece estranho, não é?
Pois então, a Orquestra Clássica do Centro deu um concerto no Complexo Olímpico de Piscinas de Coimbra e quem quisesse podia assistir ao espectáculo dentro de água. Havia gente de todas as idades (incluindo bebés com os pais), classes de natação sincronizada e mergulhadores (com botijas de oxigénio e tudo). Infelizmente tive de ficar na bancada, mas lá que tinha muita vontade de mergulhar, lá isso é bem verdade.

Mesmo com algumas limitações

foi um grande concerto aquele a que assisti ontem à noite. Embora o som não tivesse sido o melhor (mas também a acústica de Alvalade não ajuda nada), ver e ouvir Angus Young tocar daquela maneira foi qualquer coisa. É que até parece fácil. Como se tratasse duma brincadeira de crianças…
E não estivesse eu coxa teria aproveitado bem mais. Sim, porque assistir a um concerto dos AC/DC sentada, quase como quem vai à ópera, não está com nada!!

Mordomias

Depois do motorista e da ama-seca, a empregada de limpeza.

Já agora, se não fosse pedir muito, que tal um carregador para mais logo à noite? Sempre podia deixar as muletas em casa.

Mas como nada do que gostava é possível, e porque estou confinada às minhas quatro paredes, experimento outros sabores, outras sensações.

Queria...

Sardinhas acabadinhas de sair do fogareiro, acompanhadas de pimentos assados, salada de tomate e pepino e broa de milho, num almoço prolongado num determinado pátio.

Cheirar o mar, tocar a areia, sentir o sol a acariciar a minha pele e a dar-lhe um tom bronzeado.

Passar da areia para um tabuado, beber umas cervejas geladas, comer uns petiscos e ver o sol a desaparecer no horizonte.

Sair à noite, ouvir jazz ao vivo, beber mais umas cervejas e só regressar a casa para além da aurora...

Num ano

Pus de lado as minhas reservas, ignorei sinais de perigo e libertei-me de medos.
Entraste na minha vida e preencheste de luz, cores e calor os meus dias.

(re)Descobri sentimentos que pensava impossíveis, sensações novas e uma alegria deliciosamente intensa e tranquila.

Vivi loucuras, momentos mágicos, inesquecíveis.

Aprendi a valorizar pequenas coisas. Daquelas tão pequenas, tão ínfimas, que todos os dias passamos por elas sem as notar.
Trouxeste-me paz e fazes-me feliz…

E, como diz o poeta, que seja infinito enquanto dure.

Galo, galinha ou pintainho?

Enquanto havia botões de papoila esta era uma das nossas brincadeiras preferidas.
Mas hoje só encontrámos galos e pintainhos.

Esta noite

"Esta noite, quando fechares os olhos, imagina-me perto de ti e abraça-me com força."

MAALOUF, Amin - O século primeiro depois de Beatriz

(E eu, deste lado do Atlântico, farei o mesmo.)

Foto de: Luciana Giunta

E ao sétimo dia

Não, não descansei!!

Voltaram as dores e invento o que fazer, para não pensar que tenho um pé. [Na verdade tenho dois, felizmente, mas o outro não me apoquenta.]

Lembrete #3

A próxima casa ou é no r/c ou num prédio com elevador.

R/c ou elevador!!

Devia dar a mão à palmatória*

O meu pai bem me dizia que o melhor era que me dedicasse aos números. Eu, teimosa e obstinada (para não dizer do contra...), só pensava nas letras. Agora o resultado está à vista.

* Mas ainda não me derrotaram por completo!

Vantagens de mais um aniversário

Parabéns Mary Alex!!

Impaciência

Ainda vamos no 1.º dia e eu já não tenho posição para estar. Aguentar 15... Vai ser lindo!

Tardaram, mas cá estão eles

A semana passada foi uma verdadeira correria. Ultimar uma série de coisas antes da pausa forçada e os inevitáveis emprevistos.

Finalmente deixo-vos alguns dos disparos de um fim-de-semana de sol, calor e risos.

Primeiro disparo

Vou aproveitar o fim-de-semana tamanho M (sim!! os outros são todos S) para fazer mais uns quantos. Gozem o vosso da melhor maneira.