sexta-feira, 30 de maio de 2008
Dente-de-leão
Foto de Sandra Sigfusson
Uma brisa ligeira fez com que estremecesse e começasse a soltar-me. Agora, um vento forte empurra-me para um outro lugar. Longínquo e desconhecido, onde tudo parece intenso. Como o vento que me move.
terça-feira, 27 de maio de 2008
segunda-feira, 26 de maio de 2008
Incompatibilidades
Há coisas que por muito que tentemos não resultam bem juntas.
Fazemos o possível e impossível para o conseguir e investimos nisso todas as nossas energias. Por momentos até podemos ter a ilusão que se fundem e se tornam uma só, mas, no final, acabam por se separar. Como a água e o azeite!
Fazemos o possível e impossível para o conseguir e investimos nisso todas as nossas energias. Por momentos até podemos ter a ilusão que se fundem e se tornam uma só, mas, no final, acabam por se separar. Como a água e o azeite!
© mcg 2008
sexta-feira, 23 de maio de 2008
quinta-feira, 22 de maio de 2008
Ubiquidade precisa-se
Dia 19 de Julho, às 21.00 e 21.30, respectivamente, teremos o Leonard Cohen no Passeio Marítimo de Algés e o Lou Reed no Campo Pequeno... Isso não se faz!
Irrita-me
O intervalo no cinema
O telemóvel que não pára de tocar
O esgravatar no balde das pipocas
O chocalhar do gelo no copo da Coca-Cola
A verbalização das interpretações de cada um
O telemóvel que não pára de tocar
O esgravatar no balde das pipocas
O chocalhar do gelo no copo da Coca-Cola
A verbalização das interpretações de cada um
terça-feira, 20 de maio de 2008
domingo, 18 de maio de 2008
quinta-feira, 15 de maio de 2008
Policromias
Houve quem me dissesse que eu estava a ver a vida de um modo excessivamente monocromático e eu dei-lhes cores... Mas não me fiquei por aqui!
Uma vez que, por razões profissionais, esta semana tive de ir à capital aproveitei para me empanturrar...
Uma vez que, por razões profissionais, esta semana tive de ir à capital aproveitei para me empanturrar...
E foi assim que fui ver a produção que o Cirque du Soleil trouxe a Lisboa. São cerca de 2 horas de puro encantamento e imensa magia onde a cor é uma constante. Um espectáculo inesquecível que recomendo a toda a gente, mesmo àqueles que têm um arco-íris nas suas vidas.
Quidam: um transeunte sem nome, uma figura solitária numa esquina da rua, uma pessoa a passar apressadamente. Podia ser qualquer um. Alguém a chegar, a partir, a viver na nossa sociedade anónima. Um elemento na multidão, um entre a maioria silenciosa. Aquele dentro de nós que grita, canta e sonha. É este o "quidam" que o Cirque du Soleil celebra. Uma jovem rapariga enfurece-se; ela já viu tudo o que há para ver e o seu mundo perdeu todo o significado. A sua raiva despedaça o seu pequeno mundo e ela encontra-se no universo do Quidam. A ela junta-se um companheiro alegre, assim como outra personagem, mais misteriosa, que vai tentar seduzi-la com o maravilhoso, o inquietante e o aterrador.
quarta-feira, 14 de maio de 2008
segunda-feira, 12 de maio de 2008
Domingo, dia 11, 6 da manhã
(…) inebriada pelo teu perfume, embalada pela tua respiração tranquila, perco-me no calor do teu abraço.
Foto de Radu Dumitrescu
Hoje, 6 da manhã, tantos Domingos passados sobre esse outro dia 11, regresso a uma casa vazia do teu odor, preenchia pela tua ausência…
quinta-feira, 8 de maio de 2008
quarta-feira, 7 de maio de 2008
Dogmas
Vivemos anos convencidos que nos conhecemos plenamente e com a certeza do que precisamos para nos sentirmos bem. Mas quando nos abalam a estrutura e temos de lidar com a incerteza torna-se tudo bastante mais complicado.
A forma quase dogmática como, ao longo da nossa existência, interiorizamos determinadas ideias é bastante confortável, na medida em que nos faz aceitar as coisas pacificamente, sem levantar questões. Até um dia…
A forma quase dogmática como, ao longo da nossa existência, interiorizamos determinadas ideias é bastante confortável, na medida em que nos faz aceitar as coisas pacificamente, sem levantar questões. Até um dia…
segunda-feira, 5 de maio de 2008
Sem resposta
― Desculpa. Não quero ser chata, mas tens alguma intenção de vires a encontrar-te comigo?
― Estou tão confuso... Tenho a cabeça num oito. Não sei o que pensar.
― E como é que achas que me sinto? Só te peço que nos encontremos p’ra conversar e nos entendermos. Afinal já somos crescidinhos!
― Somos, pois somos... Sabes, gosto da tua maneira de ser.
― Mas...
― Mas mete-me medo.
― O quê?!
― Intimidas-me...
― Porquê?
― E como é que achas que me sinto? Só te peço que nos encontremos p’ra conversar e nos entendermos. Afinal já somos crescidinhos!
― Somos, pois somos... Sabes, gosto da tua maneira de ser.
― Mas...
― Mas mete-me medo.
― O quê?!
― Intimidas-me...
― Porquê?
sexta-feira, 2 de maio de 2008
Balanços
Quase todos os dias, se não mesmo todos, paramos e fazemos os nossos balanços.
Ontem, ao final da tarde, num desses momentos, dei-me conta que passavam exactamente 3 anos desde que vim para esta casa.
Não é a casa dos meus sonhos, mas representou a concretização de um outro. Um sonho antigo consecutivamente adiado. Adiado até que um dia se tornou uma necessidade absoluta. Tão essencial para a minha sobrevivência como respirar…
Nos primeiros tempos estas paredes funcionaram como a minha concha. A abertura ao exterior era esporádica e, em determinadas alturas, feita com grande custo. (Como alguém me disse, foi a época da ostra!) Depois, progressivamente, fui deixando que cada vez mais pessoas, e com maior frequência, invadissem o meu espaço. Contudo, são invasões controladas e não devassas! Afinal, este é o meu canto e não é para ser espoliado por qualquer um. Perguntei-me, então, se realmente tenho retirado deste lugar todo o prazer que ele me pode proporcionar e conclui que, se calhar, não.
Resultado: acendi umas velas, investi um pouco mais no jantar e abri uma garrafa de vinho, pus a música a tocar e gozei a tranquilidade que, aqui, fui conquistando nestes últimos 3 anos…
Ontem, ao final da tarde, num desses momentos, dei-me conta que passavam exactamente 3 anos desde que vim para esta casa.
Não é a casa dos meus sonhos, mas representou a concretização de um outro. Um sonho antigo consecutivamente adiado. Adiado até que um dia se tornou uma necessidade absoluta. Tão essencial para a minha sobrevivência como respirar…
Nos primeiros tempos estas paredes funcionaram como a minha concha. A abertura ao exterior era esporádica e, em determinadas alturas, feita com grande custo. (Como alguém me disse, foi a época da ostra!) Depois, progressivamente, fui deixando que cada vez mais pessoas, e com maior frequência, invadissem o meu espaço. Contudo, são invasões controladas e não devassas! Afinal, este é o meu canto e não é para ser espoliado por qualquer um. Perguntei-me, então, se realmente tenho retirado deste lugar todo o prazer que ele me pode proporcionar e conclui que, se calhar, não.
Resultado: acendi umas velas, investi um pouco mais no jantar e abri uma garrafa de vinho, pus a música a tocar e gozei a tranquilidade que, aqui, fui conquistando nestes últimos 3 anos…
quinta-feira, 1 de maio de 2008
Dúvidas existenciais…
Quase ninguém que me conheça sabe da existência deste blogue.
Não é que tenha algo a esconder, mas estou um pouco farta que tudo, ou quase tudo, o que faço tenha de ser do “conhecimento geral”, e em especial da família. É verdade que “nenhum Homem é uma ilha”, mas creio que todos temos necessidade de, em determinados momentos, fechar as fronteiras do nosso território e deixar entrar apenas quem e quando queremos.
Um destes dias, de forma absolutamente casual, fui “apanhada” a editar uma mensagem e, como seria natural, os comentários surgiram logo ali:
─ Nacional 17, km 14!? Mas que raio é isso? Estrada da Beira… O teu blogue chama-se Estrada da Beira? Que nome mais esquisito!
─ Então tens um blogue a não dizes nada a ninguém?
Naquele momento senti aquelas palavras com um misto de irritação por ter sido desleixada e ter sido descoberta, inquietação por imaginar o meu canto explorado por elas e culpa por não ter dito nada. Limitei-me a responder que não tinha de dizer tudo aquilo que fazia, o que me pareceu não ter sido lá muito bem compreendido…
Será que é mesmo assim, ou estarei a ver fantasmas?
Não é que tenha algo a esconder, mas estou um pouco farta que tudo, ou quase tudo, o que faço tenha de ser do “conhecimento geral”, e em especial da família. É verdade que “nenhum Homem é uma ilha”, mas creio que todos temos necessidade de, em determinados momentos, fechar as fronteiras do nosso território e deixar entrar apenas quem e quando queremos.
Um destes dias, de forma absolutamente casual, fui “apanhada” a editar uma mensagem e, como seria natural, os comentários surgiram logo ali:
─ Nacional 17, km 14!? Mas que raio é isso? Estrada da Beira… O teu blogue chama-se Estrada da Beira? Que nome mais esquisito!
─ Então tens um blogue a não dizes nada a ninguém?
Naquele momento senti aquelas palavras com um misto de irritação por ter sido desleixada e ter sido descoberta, inquietação por imaginar o meu canto explorado por elas e culpa por não ter dito nada. Limitei-me a responder que não tinha de dizer tudo aquilo que fazia, o que me pareceu não ter sido lá muito bem compreendido…
Será que é mesmo assim, ou estarei a ver fantasmas?
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